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sábado, 24 de março de 2012

A minha bela Scarabeo 500 GT. Take 04.


Quando vou trabalhar, na minha bela Scarabeo, como não podia deixar de ser... apanho sempre muitos motões pelo caminho. Apanho um pouco de tudo. Como o tempo tem estado sem chuva... aparecem mais motões... é normal... porque o pessoal dos motões só pega neles se estiver bom tempo... e acabo por não saber como é que se deslocam em dias de chuva ou frio. Muito provavelmente será nos belos carros com um passageiro que invadem a cidade do Porto, logo pela manhãzinha... Mas adiante que ainda tenho muito para explicar. Quando vou pelo meu trajecto, e na parte em que apanho autoestrada, gosto de ir entretido a ver a paisagem e quem vem em direcção ao Porto, já que eu vou em sentido contrário e quase sem trânsito. Quando me aparece um motão do outro lado gosto de os ver a olharem para a minha bela Scarabeo. É muito engraçado verificar como as pessoas podem ser tão preconceituosas. Porque é que digo isto? Porque ao longe, muito ao longe, a minha bela Scarabeo é uma senhora. É grande, volumosa e com uma posição de condução muito clean. Vou todo direitinho, tal e qual aqueles que seguem naquelas máquinas alemãs, de alta precisão e potência. Sim, essas mesmo, as bêmdabliu. Gosto particularmente de os ver a rodar a cabeça, a tentarem perceber que raio de mota é a minha e, quando finalmente percebem que não tem nada que ver com os motões deles, espetam a cabeça para a frente, qual virgem ofendida. Por falar em virgem ofendida, fico muito ofendido por só toparem que a minha bela Scarabeo não é da laia das deles por causa da posição dos pés. Julgava que eram mais conhecedores do mundo das duas rodas... mas afinal são uns parolos... bem, nem todos, tenho de reconhecer porque conheço alguns bem fixes... que são a excepção! 

Todos diferentes, todos... mesmo diferentes...


As motas, as scooters e tudo o que tenha duas rodas (vá lá, pode ir até três...) mais um motor têm sempre tribos à volta. Tribos diversas e variadas. E cada tribo é tida como a mais autêntica e verdadeira, pelo menos para os comuns dos mortais que as integram. Quem já não ouviu as conversas das diferentes tribos, onde se apregoa a verdadeira essência da coisa... nessa tribo. Ou porque o tipo de motas deles é que são motas a sério ou porque as pessoas que por lá andam é que são os autênticos amantes das duas rodas... há toda uma variedade de argumentos que são esgrimidos pelos moços das duas rodas. Eu digo isto porque gosto de scooters, apenas de scooters e isso não é nada bem visto por duas razões: a primeira é porque as scooters são secadores de cabelo e não motas; a segunda razão ainda é mais deprimente pois acham que sou mesmo retardado mental ao não conhecer os modelos e afins das motas a sério só porque... não me interessam. No meio disto tudo, vou-me divertindo a ouvir e ver o que se passa no mundo das duas rodas. Ainda por cima sou rapaz para andar tatuado... mas nunca de cabedal... barbas... botas... cerveja e afins...

quarta-feira, 21 de março de 2012

A minha bela Scarabeo 500 GT. Take 03.


Enquanto vou ouvindo umas musiquitas antigas, vou pensando nas voltas que vou dando de scooter. Não me estou a referir a passeios longos (isso fica para segundas núpcias...) mas sim à utilização que dou à minha bela Scarabeo. Vou trabalhar nela praticamente todos os dias e quando chego à minha escola custa-me deixá-la cá fora, tantas horas, sozinha e indefesa. Tenho uma grande paixão pela Scarabeo. Sim é uma paixão, diferente das paixões carnais... como é óbvio, mas não deixa de ser uma paixão. Já são muitas horas passadas juntos e não me consigo imaginar com outra... nos braços... e quando a minha bela Scarabeo chegar àquele momento em que tiver de parar, vou cuidar dela como se nada fosse e mantê-la a brilhar, é o mínimo que tenho de fazer. 
Passando para outros assuntos, o prazer que sinto quando estou montado na Scarabeo ultrapassa qualquer má disposição, neura, depressão ou outro tipo de acontecimento negativo e, depois de uma volta, fico como novo... Tem uma condução muito confortável pois é de roda alta e os buracos da estrada são amortecidos convenientemente. Apesar do conforto, que também é dado pelo largo assento, não é de fácil manuseamento e é preciso alguma cautela quando se pega nela pois sempre são duzentos e cinquenta quilos quando está com o depósito cheio e as malas laterais... Mas tirando este pequeno pormenor, é de condução realmente fácil e o facto de ser pesada dá-lhe uma grande estabilidade e quando embala... para a travar é preciso fazer uso conveniente da sua excelente travagem combinada, que poucas scooters têm. E por hoje, chega, ahhh, e a fotografia vai-se mantendo...

segunda-feira, 19 de março de 2012

Ainda temos muito que acelerar...


Neste fim de semana estive em Bilbau. Mais uma vez pude confirmar aquilo que já todos sabemos: os portugueses são uns parolos no que diz respeito a muitas coisas mas, muito particularmente, na forma de encarar a mobilidade. Até em Bilbau, que é uma cidade mediana, as ruas são invadidas por scooters. Pessoas que se deslocam para todo o lado numa scooter e são pessoas de todo o género, como também são de todo o género as scooters que por lá vi a circularem. Tem das grandes e das pequenas... e também se conseguem avistar algumas motas à homem... mas são poucas, porque será? Porque, muito simplesmente, as scooters são o melhor meio de transporte para as pessoas se deslocarem em circuitos urbanos, para irem trabalhar ou para irem às compras, tendo em conta os gastos em combustível, a comodidade e a rapidez. E isto tudo trezentos e sessenta e cinco dias por ano... faça sol ou faça chuva.

terça-feira, 13 de março de 2012

A minha bela Scarabeo 500 GT. Take 02.


Continuando com a minha vida com a bela Scarabeo. É uma bela scooter, uma GT como há poucas. Talvez a Burgman 650 seja aquela que está mais perto do conceito mas, claro está, acima na performance e em quase tudo. Mas a minha bela Scarabeo 500 GT tem tudo o que ela tem. Tudo, tudo, também não convém exagerar pois aquele motor e a caixa sequencial da Burgman são TOP. Tirando isso... a bela da Scarabeo tem as mariquices todas, a saber: o computador de bordo dá informações sobre tudo e mais alguma coisa, ele é km parcial, ele é km em falta para a próxima revisão, ele é temperatura ambiente, ele é amperagem da bateria (ou lá como se chama...), ele é a quantidade de km que faz com um litro de gasolina, ele é cronómetro. Não sei se me estou a esquecer de mais qualquer coisa... mas depois ainda tem a ficha de isqueiro... aquela que dá para carregar o GPS... tem um porta luvas pequeno e aberto, um outro maior e fechado com a mesma chave da ignição. Por falar em ignição, a chave tem um código antiroubo e que se não for a original não deixa a mota pegar. Ainda na ignição, tranca-se a direcção, o que é normal em quase todas, mas também se consegue abrir a mala sem desligar a mota, o que dá muito jeitinho quando começa a chover e é necessário ir buscar os fatos impermeáveis. tem ainda os quatro piscas intermitentes para, quando pararmos na berma da estrada para vestirmos os ditos cujos dos impermeáveis, sermos bem vistos e revistos pelos outros...
Digamos que é uma motita bastante completa, o que não invalida que as pessoas continuem a não gostar dela. Qualquer dia pareço um calimero...

sábado, 10 de março de 2012

Ficava mais satisfeito!


Bem, agora só me apetecia mesmo era pegar na minha bela Scarabeo e ir até ao estádio do Dragão. Para quê? Para ver se conseguia entrar na garagem onde os jogadores guardam as usas potentes máquinas e furar-lhes os pneus todos. Mas todos, mesmo. Depois voltava a sair e começava às voltas ao estádio, até os ver a sair para apanharem um táxi. Assim já podia voltar tranquilamente para casa, a apanhar este brisa morna nas faces...

Piaggio Ape. Take 06.


sexta-feira, 2 de março de 2012

Sou um vira casacas...


Ainda aqui há uns tempos vim para aqui destilar alergia ao modelo da Honda que saiu há pouco tempo: Integra 700. Hoje tive a possibilidade de a testar. Fui com o vizinho e amigo Carlos, que é um amante de motas à homem, até pertinho de Braga, mais concretamente à Motoveiga. Tinham lá uma Honda Integra para testes. A primeira impressão não tem nada que ver com as fotografias. A scooter é mais compacta do que parece, ou seja, está tudo muito mais perto e aconchegado. Ao vivo e a cores é muito menos racing do que eu pintei há uns dias e o mais engraçado é que nem sequer lhe consegui achar uma pontinha de racing... como podemos mudar de opinião... mas enfim. Lá peguei na Integra e fui com o Carlos para a rampa da Falperra... ele ia numa coisa daquelas que ele gosta, a curvar por ali acima e eu, tranquilamente atrás. Tranquilamente não será a palavra mais acertada porque a Integra é muito diferente de uma scooter normal. Tem três modos de condução. Aquele em se metem mudanças no punho... dispensei... porque não foi para isso que eu lá fui... não paciência para meter mudanças, ponto final. Mas os outros dois modos automáticos experimentei. O normal é tal e qual uma scooter mas o chamado Sport dá gosto andar e eu já não estava habituado aos arranques fortes e aos esticões... coisa que requer uma habituação pequena... e gostei muito porque agarrou-se nas curvas da Falperra e teve um comportamento excelente. Tem muta força e uma aceleração incrível. O único senão consiste na pouca arrumação que a mala traseira dará e, já me estava a esquecer, o vidro da frente é pequenininho... 
Conclusão: para quem não queria ver a mota à frente... estou completamente rendido às capacidades da Integra e não me importava nada de ter tempo para poder comprar uma...